Em novembro de 2008, Santa Catarina enfrentou uma série de chuvas que, ao final, deixou o estado sob as águas e cerca de 80 mil pessoas desabrigadas. Face à comoção nacional que se seguiu, grandes veículos de comunicação iniciaram mobilizações em prol das vítimas. A Cruz Vermelha do Estado do Ceará foi a primeira a iniciar campanha de arrecadação de alimentos. Na desgraça, todos se uniram para ajudar. A revista Veja apresentava na ocasião uma criança loirinha na capa como sendo a primeira vítima das enchentes, personificando, exibindo um rosto inocente para contrapor ao absurdo daquela catástrofe.
Desde o início de abril, as regiões Norte e Nordeste sofrem com uma temporada de chuvas que já atingiu mais de 300 municípios. O número de desabrigados, até o momento, ultrapassa 377 mil pessoas. Mais do que o dobro das vítimas de Santa Catarina. Para completar a catástrofe, cidades inteiras estão ilhadas, sem acesso às capitais e pessoas correm risco de morte por não poder se deslocar para hospitais no litoral. Colheitas estão perdidas, rebanhos mortos e várias indústrias estão comprometidas, ocasionando um prejuízo econômico ainda incalculado.
Não se vê, além de ações pontuais (como as das populações do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, enviando alimentos e roupas através da Cruz Vermelha, numa sensível mostra de solidariedade), mobilização ou participação da grande mídia em busca de apoio aos atingidos. Nenhuma ação de emissoras grandes, nenhuma capa de revista semanal. Aos olhos do resto do país, talvez a maior das tragédias dos últimos tempos, passa desapercebida e coberto de raspão. Uma tragédia que já traz uma conta de destruição em 13 estados.
O absurdo é que o governo federal quer liberar apenas R$ 1 bilhão para ajudas humanitárias para os 9 13 estados atingidos. Enquanto que para Santa Catarina liberou R$ 2 bilhões. Ou seja, existe mais do que o dobro de desabrigados e a ajuda será a metade.
O Alex Okazaki, do blog tweengo define da seguinte forma a situação:
Blogueiros e twitteiros iniciaram campanhas para divulgar notícias e informações sobre as enchentes, além de dados sobre onde e como contribuir. No twitter, a tag #enchentesnordeste está sendo utilizada para posts relacionados ao assunto.
Veja como ajudar através neste site promovido pela Globo, SESI e CUFA (Central Única das Favelas).
Desde o início de abril, as regiões Norte e Nordeste sofrem com uma temporada de chuvas que já atingiu mais de 300 municípios. O número de desabrigados, até o momento, ultrapassa 377 mil pessoas. Mais do que o dobro das vítimas de Santa Catarina. Para completar a catástrofe, cidades inteiras estão ilhadas, sem acesso às capitais e pessoas correm risco de morte por não poder se deslocar para hospitais no litoral. Colheitas estão perdidas, rebanhos mortos e várias indústrias estão comprometidas, ocasionando um prejuízo econômico ainda incalculado.
Não se vê, além de ações pontuais (como as das populações do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, enviando alimentos e roupas através da Cruz Vermelha, numa sensível mostra de solidariedade), mobilização ou participação da grande mídia em busca de apoio aos atingidos. Nenhuma ação de emissoras grandes, nenhuma capa de revista semanal. Aos olhos do resto do país, talvez a maior das tragédias dos últimos tempos, passa desapercebida e coberto de raspão. Uma tragédia que já traz uma conta de destruição em 13 estados.
O absurdo é que o governo federal quer liberar apenas R$ 1 bilhão para ajudas humanitárias para os 9 13 estados atingidos. Enquanto que para Santa Catarina liberou R$ 2 bilhões. Ou seja, existe mais do que o dobro de desabrigados e a ajuda será a metade.
O Alex Okazaki, do blog tweengo define da seguinte forma a situação:
Minha tese é que essa comoção nacional que houve com Santa Catarina só aconteceu porque lá é o playground dos Paulistas e Cariocas. Onde toda a classe média-alta passa suas férias. Em Santa Catarina as pessoas são brancas e limpas. São pessoas bonitas, saudáveis e possuem glamour. Todas as jornalistas-modelos vem de lá. E não há comoção nacional com o N e NE porque os Paulistas e Cariocas estão fartos dos “baianos” e “paraíbas”. Pobres, feios, sotaque sem valor agregado. É a terra de onde vem os pedreiros, cozinheiros, empregadas, garis, sub-empregados em geral. Além do mais as áreas afetadas estão longe. Ninguém passa perto deles, muito menos para tirar férias. O máximo que chegam é no litoral, na parte nobre, povoada de Resorts de marcas americanas, espanholas e portuguesas. Soa bem ofensivo. Mas é a realidade intrínseca e idiota da nossa sociedade que se comove apenas quando convem.
Blogueiros e twitteiros iniciaram campanhas para divulgar notícias e informações sobre as enchentes, além de dados sobre onde e como contribuir. No twitter, a tag #enchentesnordeste está sendo utilizada para posts relacionados ao assunto.
Veja como ajudar através neste site promovido pela Globo, SESI e CUFA (Central Única das Favelas).
Retirado daqui e daqui.
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